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Foto do escritorPaulo Matias

INSERÇÃO DO BUSTO DE FRANCISCA LUZIA DA SILVA

COMUNICAÇÃO IJOMA



A celebração da Eucaristia será o ponto alto do evento em memória de MÃE LUZIA;  pois, se viva estivesse, faria 170 anos. Então, compareça para prestigiar este evento que ressalta a história, a ancestralidade, e reconhece o valor de quem ajudou a construir a identidade do povo brasileiro.



HISTÓRIA DE MÃE LUZIA:

Francisca Luzia da Silva, carinhosamente chamada pela população de "Mãe Luzia", foi considerada a primeira "doutora" do Amapá. Era descendente do povo Bantu e nasceu em 1854 (data controversa), na cidade de Macapá e foi escravizada do nascimento até a abolição da escravatura.



Seus conhecimentos sobre o parto foram passados para ela através sua mãe, também parteira. Ela realizou inúmeros partos, sendo reconhecida na região. Se consagrou nessa atividade ao ponto e chegou a ser contratada pela prefeitura e recebia dela uma quantia (pequena) por cada parto que assistia.



Além de parteira, também era lavadeira e passadeira, afinal, Mãe Luzia por mais que fosse querida pela população, ainda era negra e pobre e para garantir seu sustento dela e de sua família era necessário se dedicar a outras atividades. Mãe Luzia recebia visitas de autoridades em sua casa, por causa da atividade que prestava a população. Segundo relatos, ela sempre usava uma bata branca bem engomada para sair, mas recebia visitas em sua casa sempre vestida de acordo com os costumes de seu povo: saia rodada e seios expostos.



Era tão querida na região, que a população, inclusive os ricos, a buscavam para pedir para para ser benzido e afastar mau olhado, ministrava chás para suas "pacientes" e quando era necessário, tratava da gravidez não só no momento do parto.



Foi casada com Francisco Secundino da Silva, um jovem negro, filhos de escravos, que com a ajuda e determinação de Mãe Luzia conseguiu ser eleito vereador de Macapá. Sendo o primeiro negro eleito na região.



Sua força e coragem se eternizou em poemas e outras obras de arte. E seu apelido foi dado à Maternidade de Macapá e à Rede de Parteiras Tradicionais do Amapá.



Morreu em 1954 e sua morte foi velada pela população. Deixou uma sucessora conhecida como Vó Juliana.



*para alguns ela viveu 109 anos e para outros 100.



Dicionário das Mulheres do Brasil - de 1500 até a atualidade - biográfico e ilustrado - Jorge Zahar Editor. Organizado por Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil.



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